Eu estava ouvindo "Moderno à moda antiga" da Marcela Taís, mas não como
ouço todas as vezes, dessa vez foi diferente, alguma coisa me
incomodava. "São os meus medos, eles estão sendo confrontados", pensei. E
era isso. Passei tempo demais tentando domesticar
os meus medos e até mesmo os alimentando. É medo, quem não sente medo?
Todos sentem medo de alguma coisa.
Mas existe diferença entre sentir medo e ser dominado por ele e sentir
medo e ainda assim ser livre. Medos têm suas raízes e muitas vezes só
você e Deus é que sabem quais raízes são essas. Um pai que não soube ser
pai. Talvez, alguém especial que prometeu ficar,
mas que, na verdade, desconhece o amor. Ou um melhor amigo que não é
mais amigo. E o medo é assim, deu a mão, ele puxa você por inteiro.
"Casar? Quem, eu? Para quê? Olha, isso parece ser bonito, mas não acho
que seja para mim", "Ser mãe? Ter uma família? Ah, não penso mais
nisso", "Não preciso de ninguém ao meu lado, por que precisaria? Estou
muito bem assim", "Sentir algo novo? Deixar que alcancem
o meu coração? Ah, não, Deus me livre!", "Encarar meus medos? Deixa
para depois". Corajoso pensar ou dizer coisas assim, mas triste quando
são pelos motivos errados.
Às vezes, são sonhos abandonados, planos e projetos frustrados,
esperança e fé enfraquecidas. Mas a parte boa é que o medo sempre se
retira quando Deus se aproxima. E o que estava aprisionado pelo medo,
como os sonhos, é liberto e ganha vida. Como uma faísca
que se acende no coração para depois incendiá-lo por completo. No final
das contas, com Ele, tudo sempre dá certo.
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